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segunda-feira, 29 de junho de 2009

TEXTO 4 - Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva socioliguítica.




A língua designa a característica social e cultural do indivíduo ou de uma comunidade, portanto é também um fator passível de interpretação da conduta humana. O processo de alfabetização na escola as vezes acaba se esgotando por acreditar que é apenas através dos exercícios que se aprende a língua portuguesa, no entanto o que existe na realidade é uma distinção entre o saber falar uma língua, o saber fazer escrever a estrutura interna da língua, diferenciando a língua falada da língua escrita e não esquecendo das variedades sociolingüísticas .
A utilização da linguagem compatível com um determinado grupo facilita a compreensão de mensagens educativas e também aproxima o usuário da língua ao processo de ensino – aprendizagem no cotidiano escolar, desde que o educador saiba conciliar a norma padrão da língua portuguesa nas atividades curriculares do aluno com as variadas formas lingüísticas, considerando que a língua deve ser respeitada dentro das circunstancias que ela está sendo empregada, se o aluno estiver entre amigos e familiares a linguagem deve se adequar ao grupo que ele está inserido, se um indivíduo fizer o uso de uma linguagem diferente daquela praticada dentro de um determinado grupo, dificilmente será compreendido e possivelmente será excluído.
A linguagem humana se apresenta de várias formas, esperando que as suas multiplicidades reiterem e aprofundem as práticas de alfabetização para os meninos e as meninas nas escolas, pois ela não se manifesta somente na leitura e na escrita mais se estande em outros campos de conhecimento existentes no mundo. Portanto, o contato com esse mundo escolar proporciona um processo de socialização de grande importância para a inserção dos meninos e das meninas na sociedade “organizada”, visto que, o domínio da leitura e da escrita é um elemento preponderante para definir o seu lugar no tempo e no espaço.

TEXTO 3 - contexto de alfabetização na aula.

O processo inicial de alfabetização sistematizada na escola formal deve considerar os conhecimentos prévios introjetados na criança por meio de seu convívio social, cultural e familiar na qual ela está inserida. O desenvolvimento cognitivo do indivíduo em sua fase inicial estabelece uma ordem de progressão natural de aprendizagem, se os conhecimentos adquiridos anteriormente forem desrespeitados e essa etapa da vida do aluno for ignorado pode haver uma regressão no seu processo de ensino – aprendizagem.
A criança no seu cotidiano tem contato o tempo todo com a leitura e a escrita, em casa ela consome uma infinidade de “coisas” que está acostumado a ver na televisão, no supermercado e por toda parte que passa o seu dia – a dia, esse convívio real com variadas formas de linguagem permite que ela interaja com o mundo que o cerca. Neste caso a posição social da família interfere no processo educacional do pequenino que inicia a sua vida escolar, a família de classe média tem certa preocupação com a educação dos seus filhos e desde pequeno incentiva – os a ler, conta estórias, leva-os ao teatro e ao cinema. Nas classes desprivilegiadas as crianças pouco tem acesso as atividades culturais e educacionais esbanjadas pelas crianças de classe média, por isso o seu conhecimento torna-se muito restrito e ao alcançar a maturidade depende do seu próprio esforço para alcançar êxito na vida adulta.
No decorrer do texto “Contextos de alfabetização na aula” a autora explicita a decorrência de interação entre dois alunos que se correspondem através da professora, os meninos são os donos das palavras e a professora conduz o texto, expressando no papel os sentimentos das crianças, eles trocam informações com o objetivo de esclarecer e resolver o mal-estar estabelecido entre ambos das partes. As crianças não sabem, mas ao ditar os seus textos, exercitam as regras gramaticais da língua, constrói uma relação coesiva dos textos, compreende e descobre a narrativa, quando descrevi os fatos.
O trabalho competente do professor é primordial para a alfabetização plena do aluno, para isso é necessário recorrer a variados recursos, inclusive tecnológicos que são atrativos muito bem vindos pelas crianças, o entusiasmo é inevitável quando elas se vêem na frente do computador, como são curiosas querem experimentar de tudo, mas é recomendável que tenha um adulto para ensinar-lhe a utilizar a máquina, quais são os programas adequados a sua idade e instruí-lo no que for necessário.